Adolescência e neurodivergência: como se preparar para acompanhar as mudanças do seu filho

A adolescência traz mudanças profundas e ainda mais intensas para pessoas neurodivergentes. Entenda os desafios dessa fase e por que o papel dos pais é mais essencial do que nunca.

Equipe Instituto Singular

Tags: Adolescência | Autismo | TDAH | Neurodesenvolvimento | Família

Índice

  • O cérebro muda, e o comportamento também
  • Por que essa fase exige mais atenção em jovens neurodivergentes
  • Sinais de alerta: o que observar
  • Como os pais podem acompanhar e ajudar
  • Exemplo prático: a história de Marina
  • Por que atualizar-se é um ato de cuidado

  1.  

O cérebro muda, e o comportamento também

A adolescência é um período de transformações profundas no cérebro, no corpo e nas relações sociais. Acontece uma “poda neural”: o cérebro reorganiza conexões e reforça caminhos usados com frequência, ao mesmo tempo que elimina os que são pouco utilizados.

Esse processo impacta:

  • A regulação emocional (aumenta a reatividade);
  • O controle de impulsos (ainda em maturação);
  • A motivação social (passa a ser mais influenciada pelos colegas do que por adultos).

Agora, imagine como tudo isso se desenrola em cérebros que funcionam de forma diferente. O impacto é maior, mais intenso e, muitas vezes, silencioso.

 

Por que essa fase exige mais atenção em jovens neurodivergentes

Pesquisas indicam que jovens neurodivergentes enfrentam uma sobrecarga maior durante a adolescência. Isso acontece porque:

  • dificuldade em entender regras sociais mais sutis, como ironia ou expressões faciais;
  • A organização das rotinas escolares se torna mais complexa (e pode desmoronar sem suporte);
  • A ansiedade social aumenta, junto com o risco de depressão, especialmente em meninas que “camuflam” suas dificuldades para parecerem típicas;
  • Pode haver recusa a terapias, perda de interesse por atividades antes prazerosas e isolamento emocional.

🔬 Estudos recentes demonstram que adolescentes autistas apresentam maiores índices de sintomas de ansiedade e depressão ao longo da adolescência, especialmente quando enfrentam fatores como exclusão social, bullying ou tentativas constantes de se adaptar a ambientes pouco responsivos às suas diferenças. (PubMed, 2024; Molecular Autism, 2024).

No caso do TDAH, as dificuldades executivas (organização, planejamento e controle do impulso) tendem a persistir e até se intensificar na adolescência, especialmente quando o jovem está exposto a altas demandas escolares, instabilidade emocional ou falta de suporte estruturado (Springer, 2024).

 

Como os pais podem acompanhar e ajudar

Essa é uma fase em que os filhos costumam querem mais autonomia, mas ainda precisam muito dos pais. Veja como apoiar:

      📘 Atualize seu olhar
O que funcionava aos 7 anos pode não servir mais aos 13. Busque novas formas de entender o comportamento do seu filho, sem se basear apenas na infância.

      🧠 Mantenha-se informado

Estudos sobre TEA, TDAH e adolescência evoluíram muito. Novas terapias, abordagens educacionais e estratégias emocionais surgiram, mas muitas famílias ainda operam com conhecimentos de anos atrás.

       💬 Escute mais, julgue menos

Adolescentes nem sempre querem respostas. Às vezes, só precisam saber que alguém os escuta de verdade. Crie espaços de diálogo sem pressa, sem “lições de moral” imediatas.

        🛠️ Adapte rotinas e responsabilidades

Divida tarefas grandes em etapas pequenas. Use lembretes visuais, crie checklists, dê pausas sensoriais e respeite os limites. Seu filho tem muito potencial, mas ele pode estar sobrecarregado com tantas mudanças bruscas. 

        🤝 Envolva-se nas terapias

Se ele estiver em acompanhamento, converse com os profissionais. Troque percepções, leve suas dúvidas. Uma equipe que trabalha em rede (família + escola + terapeutas) tem mais chance de apoiar com eficácia.

 

Exemplo prático: a história de Marina

Marina, 13 anos, tem diagnóstico de autismo nível 1 de suporte e TDAH. Na infância, teve avanços significativos com terapias comportamentais e apoio escolar. Mas ao entrar no ensino fundamental II, tudo mudou.

Ela começou a dizer que “odiava ir para a escola”, passou a dormir mal, e chorava com frequência no fim do dia. As notas despencaram. A mãe, Fernanda, sentiu culpa: “Achei que já tínhamos superado essa fase.”

Foi ao buscar atualização que Fernanda entendeu: Marina não estava regredindo — ela estava crescendo. Com ajuda de um novo terapeuta e mudanças na abordagem familiar, Marina passou a participar de decisões sobre sua rotina, ganhou um plano de organização visual e retomou a terapia em novo formato. Hoje, apesar dos desafios, ela se sente mais segura para pedir ajuda quando precisa.

 

Por que atualizar-se é um ato de cuidado

Você fez (ou está fazendo) muito pelo seu filho, mas a jornada não termina na infância.

❝ Adolescentes neurodivergentes precisam de pais que também estejam em desenvolvimento. ❞

Aprender sobre neurodesenvolvimento, adaptar estratégias e compreender a adolescência sob a ótica científica é indispensável. Pais informados conseguem acolher com mais segurança, agir com mais confiança e construir um vínculo mais forte.

 

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