comunicação em autistas

Como desenvolver a comunicação em crianças e jovens com autismo

A comunicação é uma ponte e pode ser construída com ciência, empatia e acessibilidade. Este artigo apresenta estratégias para apoiar crianças e jovens autistas, incluindo os que não falam, a se comunicarem com mais clareza e conexão, respeitando seus tempos e formas.

Tags: Autismo | Comunicação Infantil | Atraso na Fala | CAA | Desenvolvimento Infantil | Neurodivergência

 

Comunicação acessível para crianças e jovens autistas

Muitos pais e profissionais se sentem exaustos, sem saber o que fazer diante dos desafios de comunicação. E essa dúvida é comum e compreensível. Quando a criança não fala ou parece não entender, surgem a frustração, o medo e o sentimento de impotência.

Mas é possível mudar essa realidade. E tudo começa com uma ideia simples, mas poderosa: toda criança se comunica.
Mesmo sem palavras, mesmo com comportamentos que parecem sem sentido, há sempre uma tentativa de dizer algo.

Acessar essa comunicação é o primeiro passo para transformar a relação com a criança e, a partir disso, sua evolução.

 

O que é Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)?

A CAA é um conjunto de recursos que apoia pessoas que têm dificuldades para usar a fala. Pode envolver o uso de pranchas com figuras, gestos, sinais, ou aplicativos com saída de voz.

Muitas crianças autistas se beneficiam do uso da CAA. Ela não impede o desenvolvimento da fala. Ao contrário do que pensam, a CAA pode incentivar a criança ou jovem a se comunicar, pois reduz frustrações e permite que ela seja compreendida.

 

Compreender é o primeiro passo para intervir com propósito

Antes de ensinar a criança a falar, precisamos entender como ela já tenta se comunicar. Por vezes, é através de choro, gritos, evitar olhar e puxar pela mão.
E quando passamos a reconhecer isso como comunicação, tudo muda.

Ao invés de esperar que a fala chegue, podemos começar a ensinar outras formas de se expressar, mais acessíveis, até que a linguagem oral se torne possível ou até que a pessoa encontre outra forma eficiente de se comunicar.

 

5 passos para apoiar a comunicação de acordo com a ciência

  1. Entenda a intenção por trás do comportamento
    Comportamentos desafiadores muitas vezes expressam dor, frustração, desejo ou medo. Observe antes de intervir.

    2. Antecipe mudanças e ofereça previsibilidade
    Crianças no espectro sentem-se mais seguras quando sabem o que vai acontecer. Antecipar mudanças evita crises.

    3. Use instruções curtas e visuais
    Falar menos e mostrar mais ajuda a criança a entender e responder melhor.

    4. Reforce pequenos avanços
    Toda tentativa de comunicação precisa ser reconhecida e valorizada. Isso aumenta a motivação e o vínculo.

    5. Construa atenção e conexão aos poucos
    Comece com interações curtas, significativas e adaptadas ao interesse da criança. A atenção sustentada se treina com afeto, rotina e paciência.

 

 

Situação real: quando o olhar vira resposta

Em um dos acompanhamentos realizados na clínica, uma criança de 3 anos ainda não falava, não imitava e mal mantinha contato visual. Seu principal meio de interação era o choro.

A equipe iniciou o processo pelo passo 1, buscando entender o que cada comportamento significava. Em poucos encontros, perceberam que ela buscava determinadas músicas. Aos poucos, a terapeuta passou a cantar e observar as reações — e foi aí que surgiu o primeiro olhar sustentado.

Esse foi o começo da ponte. Depois vieram os gestos, as imitações, os sons. Meses depois, a criança já vocalizava “mamã” e “não”, com intencionalidade.

Nem sempre é sobre “falar”, mas sobre se fazer entender. Isso é acessibilidade real.

 

Evidências de que é possível avançar

As principais instituições internacionais de saúde reforçam que intervenções consistentes e baseadas em evidência são o melhor caminho para apoiar o desenvolvimento das crianças com TEA.

Estudos mostram que o envolvimento de cuidadores no processo é um dos maiores fatores de sucesso.

 

Quando o ambiente se adapta, a criança responde

Em nossos atendimentos, é comum vermos crianças que chegam sem fala, com muitas crises, e começam a responder quando encontram um ambiente mais previsível, com rotinas, figuras, instruções visuais e acolhimento.

Se você também já passou pelo sentimento de “não sei o que fazer”, saiba que é possível aprender. E o conhecimento certo, baseado em ciência e prática, faz toda a diferença.

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