Autismo, TDAH ou TOD?
Uma criança agitada, desatenta, que grita ou recusa ordens. Ela pula de um assunto para outro, parece não escutar quando é chamada, foge das regras e enfrenta conflitos com adultos.
Alguém diz: “É TDAH.” Outro responde: “Não, é autismo.” Alguém arrisca: “Acho que é TOD.”
Essa confusão é muito mais comum do que parece. Afinal, como diferenciar autismo, TDAH e TOD? Como entender o que realmente está por trás de cada comportamento? E principalmente: como acolher essa criança com o cuidado que ela precisa, sem cair em julgamentos ou simplificações.
Neste artigo, vamos te ajudar a fazer isso. Não com fórmulas prontas, porque elas não funcionam. Mas com escuta, ciência e sensibilidade. Porque entender como diferenciar autismo, TDAH e TOD é o primeiro passo para apoiar de verdade.
O que essas três condições têm em comum?
Antes de falar sobre diferenças, precisamos olhar para o que essas condições compartilham. Autismo, TDAH e TOD fazem parte dos chamados transtornos do neurodesenvolvimento. Ou seja, são formas diferentes de funcionamento cerebral que aparecem desde a infância e impactam o comportamento, as emoções e as relações sociais.
É exatamente por isso que muitos comportamentos se misturam. Uma criança autista pode parecer desatenta, uma criança com TDAH pode desafiar regras, e uma criança com TOD pode se isolar em alguns momentos. Por isso, entender como diferenciar autismo, TDAH e TOD exige olhar para além da superfície.
Quando é autismo?
No autismo, a principal marca está na forma como a criança se comunica, percebe o outro e interpreta o mundo social. Ela pode ter dificuldade para entender expressões faciais, evitar o olhar, repetir frases ou movimentos, fixar sua atenção em temas muito específicos e se incomodar com estímulos que outras crianças toleram bem, como um som alto, uma luz piscando ou um toque inesperado.
Mais do que se comportar de forma diferente, essa criança sente de forma diferente. Ela vê o mundo com outra lógica, e muitas vezes se sobrecarrega diante de estímulos que não consegue organizar internamente. Por isso, para saber como diferenciar autismo, TDAH e TOD, é importante perceber se o que está em jogo é uma forma diferente de entender o social, e não apenas uma dificuldade de seguir regras ou prestar atenção.
Quando é TDAH?
O TDAH, ou Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, costuma se manifestar com comportamentos que envolvem agitação, distração, impulsividade e desorganização. A criança fala demais, se mexe o tempo todo, esquece o que acabou de ouvir, interrompe conversas, tem dificuldade para esperar e, muitas vezes, age antes de pensar.
Mas atenção: crianças com TDAH querem interagir. Elas não têm, como no autismo, uma dificuldade central em compreender o outro. O problema aqui está mais ligado à autorregulação, ou seja, à dificuldade de filtrar, organizar e controlar pensamentos, emoções e ações. Saber como diferenciar autismo, TDAH e TOD passa, também, por entender que a desatenção no TDAH é diferente do isolamento no autismo. E que nem toda criança agitada está no espectro.
Quando é TOD?
O Transtorno Opositivo Desafiador é uma condição ainda pouco conhecida, mas muito presente nas escolas e nos lares. A criança com TOD entra facilmente em confronto com figuras de autoridade. Desafia regras, se recusa a obedecer, contesta ordens, provoca reações e parece sempre pronta para bater de frente.
Isso não significa que ela seja “malcriada” ou “sem limites”. O TOD é um transtorno comportamental real, que envolve padrões persistentes de oposição e irritabilidade. Para saber como diferenciar autismo, TDAH e TOD, é essencial entender que no TOD o problema não está na percepção social (como no autismo), nem na atenção (como no TDAH), mas no funcionamento emocional diante de conflitos. E sim, essa criança precisa de suporte, não de punição.
E quando a criança tem mais de um diagnóstico?
Sim, isso é possível, e bastante comum. Muitas crianças recebem mais de um diagnóstico ao longo da infância. Uma criança pode estar no espectro autista e ter TDAH. Pode ter TDAH e também traços opositores semelhantes ao TOD. Pode ter as três condições combinadas. E em todos esses casos, saber como diferenciar autismo, TDAH e TOD é ainda mais importante.
Mas aqui vai um alerta: não se trata de colecionar rótulos, e sim de entender o funcionamento único de cada criança. O diagnóstico deve ser uma ferramenta de orientação, e não um ponto final. Ele só faz sentido se abrir caminhos para o cuidado, a inclusão e a escuta.
Quando procurar ajuda?
Se a criança tem comportamentos que causam sofrimento para ela mesma ou para quem convive com ela, se as crises são frequentes, se há atraso na fala, isolamento, agressividade, desatenção intensa ou resistência persistente às regras, é hora de buscar apoio.
Quanto antes entendermos como diferenciar autismo, TDAH e TOD, mais cedo podemos agir. Com escuta profissional, com acolhimento e com estratégias baseadas em ciência e afeto.
Diagnóstico não é destino, é ponto de partida.
No fim das contas, pouco importa o nome do transtorno se ele não vier acompanhado de acolhimento. O que muda a vida de uma criança não é o laudo, é o que fazemos com ele. Saber como diferenciar autismo, TDAH e TOD não é sobre colocar a criança numa caixinha.
É sobre abrir portas. É sobre perguntar menos “o que ela tem?” e mais “o que ela sente?”, “do que ela precisa?”, “como eu posso ajudar?”
Cada criança é única. E toda criança merece ser vista assim: como alguém que está tentando dizer algo, mesmo quando o comportamento parece difícil. Quando escutamos com empatia, conseguimos responder com cuidado.
E agora, o que fazer?
Se você suspeita que uma criança pode ter autismo, TDAH ou TOD, ou ainda não sabe como diferenciar essas condições, saiba que você não está só. O Instituto Singular oferece escuta especializada, avaliação cuidadosa e planos de intervenção que respeitam a história de cada família.
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