A comunicação e a socialização são as áreas mais comprometidas entre pessoas diagnosticadas no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). É a partir dos atrasos no desenvolvimento da linguagem e dos dificuldades na interação que muitos pais começam a desconfiar do autismo.
É comum o uso do termo “não verbal” para descrever crianças que ainda não adquiriram a habilidade da fala. No entanto, é importante ter em mente que a falta de habilidade verbal não implica, necessariamente, na incapacidade de se comunicar. Afinal, a comunicação vai além muito da fala, e existem diversas formas de expressão que podem ser utilizadas para essa finalidade. Por isso, vamos explicar qual a diferença entre não verbal e não falante.
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Não verbal e não falante: principais diferenças
Uma pessoa “não falante” se refere a alguém que não se comunica por meio da fala, mas utiliza outros recursos ainda envoltos na linguagem verbal para se expressar. Isso pode incluir a escrita, a digitação, a linguagem de sinais, entre outras alternativas.
Já uma pessoa “não verbal” pode se comunicar por meio de gestos, expressões faciais, movimentos corporais ou outros meios adaptativos. Ela utiliza signos para expressar o que deseja, como é o caso de pessoas que fazem uso pleno e total da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA).
Independentemente do termo utilizado, é essencial compreender que a comunicação é multifacetada. Crianças autistas que não têm habilidades orais podem encontrar outras maneiras de se comunicar efetivamente. Enquanto adultos, temos a responsabilidade de buscar formas de compreender e auxiliar o aprimoramento dessas formas de comunicação. Ao fornecer recursos e estratégias apropriadas, podemos ajudar as crianças a se expressarem e se conectarem de maneira mais efetiva com o mundo ao seu redor.
Em resumo, a diferença entre ser “não verbal” e “não falante” reside na forma como a pessoa se comunica. Enquanto uma criança não falante pode utilizar diferentes recursos comunicativos além da fala, uma criança não verbal pode expressar-se por meio de gestos e outras formas não verbais. O importante é reconhecer a diversidade de expressão e promover uma comunicação inclusiva, valorizando e respeitando as diversas formas de se comunicar.
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