O impacto das telas no cérebro

O impacto das telas no cérebro: o que pais e filhos precisam entender (e mudar juntos)

O uso excessivo de telas afeta o cérebro de adultos e crianças. Entenda como a dopamina molda nossos comportamentos e o que podemos fazer para reconectar nossas rotinas às relações reais.

Equipe Instituto Singular

Tags: Neurociência | Tempo de Tela | Dopamina | Famílias | Desenvolvimento Infantil | Hobbies

 

O tempo de tela e o cérebro em desenvolvimento

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e uma revisão publicada na Research, Society and Development (2023), o excesso de tempo de tela está associado a:

  • Déficits de atenção e memória
  • Irritabilidade e ansiedade
  • Alterações no sono
  • Aumento do sedentarismo e sobrepeso
  • Diminuição de empatia e interação social

Durante a infância, o cérebro cria milhões de novas conexões por segundo. A exposição prolongada a estímulos rápidos ensina o sistema nervoso a buscar gratificações constantes, reduzindo a tolerância à frustração e ao tédio — ingredientes essenciais para o aprendizado e o desenvolvimento emocional.

 

Quando o problema também está no cérebro adulto

O debate costuma focar nas crianças, mas os adultos também estão sendo impactados pelo excesso de tela. Pais exaustos, sobrecarregados e hiperestimulados tendem a reproduzir o mesmo padrão de dispersão nas relações familiares.

Por isso, a mudança precisa começar por eles: desligar as telas é também reconectar o próprio cérebro ao presente.

Além disso, ao perceberem os impactos em si mesmos, esses adultos ganham ferramentas para reconhecer os efeitos nas crianças, impulsionando a transformação do ambiente familiar como um todo.

 

O debate sobre o tempo de tela e o recorte social

A discussão sobre tempo de tela precisa considerar a realidade das famílias. Nem todos os pais têm tempo ou recursos para oferecer alternativas constantes e, em muitos lares, as telas são utilizadas como ferramenta de cuidado, segurança e companhia.

Ainda assim, é essencial entender o impacto no cérebro infantil. O consumo frequente e desregulado ativa descargas de dopamina, serotonina e noradrenalina, alterando o humor, atenção e motivação.

Mais do que cortar, o foco deve estar em como usamos as telas. Ver juntos, comentar, intercalar com brincadeiras e momentos reais de presença são estratégias simples e cientificamente eficazes. Elas cabem mesmo nas rotinas mais apertadas.

 

O hobby como antídoto cerebral

Para o adulto, o hobby representa uma pausa do desempenho e é uma das práticas mais eficazes para regular o cérebro. Ele resgata a criança interior, fortalece a identidade pessoal e mostra aos filhos que é possível ter prazer em atividades sem foco na produtividade.

Estudos destacam que hobbies regulares aumentam os níveis de dopamina e serotonina de forma natural, reduzem o estresse, melhoram o foco e estimulam a criatividade, promovendo saúde emocional e cognitiva mesmo em adultos sobrecarregados (Forbes Saúde, 2024; MIT Sloan Review, 2025).

Além disso, hobbies compartilhados entre pais e filhos fortalecem vínculos afetivos. Como destacado pelo Nexo Jornal ao abordar a importância dos hobbies na infância, brincar, cozinhar, plantar ou pintar juntos ativa redes neurais ligadas à empatia, confiança e bem-estar familiar 


Benefícios neurobiológicos do hobby:

  • Aumenta dopamina e serotonina de forma natural
  • Reduz estresse e ansiedade
  • Melhora foco e criatividade
  • Estimula a curiosidade e a plasticidade cerebral
  • Reativa áreas do prazer

 

Passos simples para reconectar corpo, mente e vínculo em qualquer idade

Desmistifique o tédio
Permita momentos sem estímulos digitais. O tédio é fértil! Ele ativa áreas do cérebro ligadas à criatividade.

Estabeleça limites
Dez minutos sem celular entre blocos de trabalho já reduzem a sobrecarga de dopamina em adultos. Em casa, mostre ao seu filho que também é possível ter prazer em atividades como cuidar de plantas, desenhar, tocar um instrumento, ler ou cozinhar.

Crie o “momento hobby da família”
Proponha algo adaptado à realidade da sua criança. Uma hora semanal dedicada a uma atividade juntos, sem celular, TV ou tablets. Mesmo que seja simples, o real valor está na sua presença e iniciativa. 

Use a tecnologia com propósito
Não tem jeito e vai usar a tela como recurso? Aposte em vídeos educativos, música e arte. E lembre-se: acompanhe o consumo desse conteúdo tanto para filtrar quando para fortalecer o vínculo entre você e seu filho.

 

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