O que é autismo?

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que impacta a comunicação, a interação social e o comportamento. Neste artigo, explicamos o que é autismo, quais são seus sinais, como funciona o diagnóstico, quais são os tipos de intervenção e desmistificamos os principais mitos sobre o TEA.

Autismo: tudo o que você precisa saber sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido popularmente como autismo, é uma condição do neurodesenvolvimento que acompanha o indivíduo por toda a vida. Quando falamos sobre o que é autismo, falamos sobre uma forma diferente de perceber, processar e se relacionar com o mundo. 

O autismo não é uma doença, não tem cura e não se trata de um “problema a ser consertado”, mas sim de um funcionamento neurológico diverso que merece compreensão e respeito.

As principais áreas impactadas pelo TEA são a comunicação, a interação social e o comportamento. Crianças autistas podem apresentar atrasos na fala, dificuldades para manter contato visual, interesses restritos e comportamentos repetitivos, entre outras características. Mas é fundamental lembrar: cada pessoa autista é única.

Como o autismo é classificado?

Desde a publicação do DSM-5, todos os quadros relacionados ao espectro autista passaram a ser reunidos sob o nome Transtorno do Espectro Autista. Isso inclui o antigo diagnóstico de Síndrome de Asperger, que hoje não é mais utilizado oficialmente.

O TEA é classificado em três níveis de suporte:

  • Nível 1: necessita de suporte leve;
  • Nível 2: necessita de suporte moderado;
  • Nível 3: necessita de suporte intenso.

Esses níveis ajudam os profissionais a definir a quantidade de apoio que cada pessoa precisa no dia a dia, mas não representam “graus de inteligência” ou “capacidade de evoluir”. O que define o prognóstico é a qualidade do suporte, a individualização das intervenções e o respeito à singularidade de cada um.

Quais são os sinais do autismo?

Os sinais de autismo costumam aparecer nos primeiros anos de vida. Alguns são mais fáceis de identificar, como atraso na fala, não responder quando chamado, dificuldade para brincar com outras crianças ou resistência a mudanças na rotina. 

Outros são mais sutis, como rigidez de pensamento, hiperfoco, sensibilidade sensorial ou uso incomum da linguagem.

Por isso, não existe um “jeito certo” de ser autista. O que existe é um conjunto de características que, quando observadas com atenção, podem indicar a necessidade de uma avaliação especializada.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do autismo é clínico e feito por uma equipe multiprofissional, que pode incluir psicólogos, neurologistas, psiquiatras e terapeutas ocupacionais. Não existe um exame de sangue ou imagem que “comprove” o autismo. O processo envolve entrevistas com a família, observação do comportamento e aplicação de instrumentos validados.

Nos casos em que o diagnóstico ainda não foi fechado, é importante não adiar as intervenções. Quanto antes a criança receber apoio, melhores são as chances de desenvolvimento.

Quais são as causas do autismo?

Ainda não existe uma única causa comprovada para o autismo, mas estudos apontam uma forte influência genética, combinada a fatores ambientais. O que a ciência já sabe com segurança é que o autismo não é causado por vacinas, traumas emocionais ou “falta de afeto”.

Quais são as intervenções recomendadas?

As intervenções mais eficazes são aquelas baseadas em evidências científicas e aplicadas de forma individualizada. Isso inclui:

  • ABA (Análise do Comportamento Aplicada) com Estratégias Naturalistas;
  • Modelo Denver;
  • Fonoaudiologia;
  • Terapia Ocupacional;
  • Psicomotricidade;
  • Apoio escolar;
  • Treinamento parental.

O objetivo das intervenções não é “normalizar” a criança, mas ampliar sua autonomia, comunicação e qualidade de vida. Com o suporte certo, cada criança autista pode florescer à sua maneira.

O que a ciência diz sobre prevalência?

Segundo o Censo de 2022, o Brasil possui cerca de 2,4 milhões de pessoas com autismo, o equivalente a 1,2% da população. Nos Estados Unidos, os números mais recentes do CDC mostram que 1 em cada 31 crianças está no espectro.

Esse aumento se deve, em parte, à melhora no acesso ao diagnóstico, maior conscientização e mudanças nos critérios diagnósticos. Isso não significa que o autismo está “aumentando”, mas sim que está sendo mais identificado.

E os mitos sobre autismo?

Infelizmente, ainda existem muitas ideias equivocadas sobre o que é autismo. Vamos desmistificar algumas?

  • Não, vacinas não causam autismo;
  • Não, autismo não é causado por falta de amor ou carinho;
  • Não, autistas não são todos iguais;
  • Não, autismo não é falta de empatia;
  • Não, autismo não é uma doença e não tem cura, mas tem muitas possibilidades de desenvolvimento.

Quanto mais entendemos o que é autismo de verdade, mais chances temos de incluir, respeitar e acolher.

Exemplo clínico

Uma paciente com 3 anos não falava palavras ainda. Gostava de organizar brinquedos por cor e se desesperava quando mudavam o caminho da escola. Evitava olhar nos olhos, mas sorria quando ouve uma música que gosta. Sua mãe ouviu de vizinhos que “menina demora mais pra falar” e que “autismo é coisa de menino”. Mas resolveu escutar seu instinto e procurar um especialista.

Com apoio de uma equipe experiente, a criança recebeu o diagnóstico de autismo e começou intervenções ainda na educação infantil. Hoje, se comunica com figuras, demonstra vontades e sorri com mais frequência. Seu olhar continua singular, mas agora é respeitado.

Conclusão: autismo é sobre escuta, respeito e potencial

Falar sobre o que é autismo é mais do que explicar um transtorno. É abrir espaço para escutar vidas, ampliar acessos e transformar relações. Nenhuma criança merece ser reduzida a um rótulo. Toda criança merece ser compreendida, apoiada e amada como é.

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