“Acabei de receber o diagnóstico e meu filho é autista. E agora, por onde eu começo?”
Esta é uma das dúvidas mais comuns entre as famílias após o laudo de autismo. Por isso, trouxemos um guia simples, mas muito efetivo, para ajudá-los neste momento.
Antes de começarmos, é sempre bom entender de uma vez o que significa ser autista. Para isso, é preciso saber que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por alterações em três grandes áreas: a comunicação, a interação social e o comportamento.
Também é importante compreender que o autismo em si não é o problema. O que deve ser motivo de intervenção são os possíveis prejuízos e atrasos que suas características – como alterações no processamento sensorial, dificuldades na comunicação e rigidez mental – podem causar na vida dos indivíduos diagnosticados. As habilidades e a forma de ver o mundo que as pessoas autistas trazem para os meios que frequentam se encaixam na definição de neurodiversidade, que contribui e muito para a nossa sociedade!
Meu filho é autista, e agora?
1. Busque uma equipe multidisciplinar
A equipe multidisciplinar é um time de especialistas em diversas áreas do desenvolvimento infantil, como:
- Psicólogo;
- Fonoaudiólogo;
- Terapeuta ocupacional;
- Pedagogo;
- Fisioterapeuta;
- Entre outros.
Este time vai auxiliar não só a identificar os atrasos e prejuízos que o transtorno ocasionou no repertório comportamental da criança, como também vai guiar a família e a escola para participarem efetivamente das intervenções e, consequentemente, ajudarem no progresso dela.
É importante buscar profissionais que sejam especializados na Ciência ABA, que você pode compreender mais profundamente clicando aqui.
2. Faça uma avaliação comportamental
Para identificar os atrasos e lacunas no desenvolvimento relacionadas ao espectro autista, a equipe multidisciplinar fará uma avaliação comportamental do seu filho. Serão observadas as dificuldades e facilidades do pequeno em diversas áreas: cognitiva, social, comunicacional, etc.
Esta avaliação é muito importante e sua utilidade vai além da identificação dos atrasos: ela pode servir de métrica para observar os progressos e possíveis adequações terapêuticas ao longo do tratamento.
3. Não espere para começar as terapias
Mesmo quando o diagnóstico de autismo ainda é apenas uma desconfiança, é importante buscar recursos terapêuticos que ajudem o pequeno a desenvolver as áreas em que já foram identificados alguns atrasos.
Quanto antes as estimulações começarem, melhor!
4. A família deve se capacitar
Pais e cuidadores de pessoas autistas devem estar sempre buscando formas de aprender mais sobre o transtorno. Assim, podem compreender comportamentos, limitações e situações ocasionadas por ele. Também é importante se informar sobre os recursos legais voltados aos indivíduos no TEA, ou seja, as leis e direitos que visam proporcionar mais inclusão, autonomia e respeito.
Saiba mais sobre os direitos do autista neste link.
Além disso, a capacitação não é exclusiva para os pais. Irmãos, tios, avós e todos os que convivem com a criança devem se prontificar em compreender a condição e se capacitar para auxiliá-la ao longo do processo terapêutico. Com a família toda alinhada nesse propósito, as chances das terapias terem um bom resultado é muito maior do que nos casos em que apenas uma ou duas pessoas estão verdadeiramente envolvidas.
5. Cuide de você e da sua família
Sabemos que o diagnóstico pode ser chocante para alguns pais e cuidadores. Por isso, é natural que muitos se sintam desesperados e voltem toda a sua atenção para o autista.
Mesmo que seja imprescindível procurar e começar o processo terapêutico o quanto antes, é importante ter em mente que cuidar dos outros membros da família e de si mesmo é tão fundamental quanto agir em relação aos atrasos!
Por isso, cuide das suas relações, do seu bem-estar, da sua saúde física e emocional. Pode ter certeza que isso impacta – e muito – o desenvolvimento do seu filho, seja ele autista ou não!
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