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Medicação e autismo: tudo o que você precisa saber!

Dar medicação para crianças autistas pode ser um grande dilema para os pais. Veja aqui informações importantes!

Índice

A questão da medicação e autismo pode ser um grande dilema para os pais. Por isso, reunimos algumas informações que podem ajudar caso seu pequeno tenha recebido indicação para iniciar os cuidados com remédios.

A criança bem medicada acessa melhor as terapias. Os remédios sozinhos não vão impactar tão significativamente como o bom trabalho multidisciplinar.

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Lembramos que o uso de medicamentos deve ser indicado por profissionais de confiança. Se você acha que seu filho ou seu paciente precisa dessa intervenção, procure um bom médico para avaliar o caso. As especialidades médicas indicadas para crianças são: Psiquiatra da Infância e Adolescência ou Neuropediatra.

Como a medicação pode ajudar crianças autistas


Antes de iniciar a conversa, precisamos reforçar que autismo não tem cura! Não existe nenhuma medicação milagrosa que vai anular os traços do espectro nas crianças. Esse ponto deve estar muito claro sempre que falarmos sobre remédios, pois eles agem de forma a apoiar as terapias. Portanto, eles sozinhos não vão fazer um impacto tão significativo quanto o bom trabalho multidisciplinar entre psicólogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, por exemplo.

O que acontece, na prática, é que crianças que estão no TEA podem ter outras alterações, não apenas autismo. É cientificamente comprovado que muitos também podem ter:

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH);
Transtorno Opositor Desafiador (TOD);
• Transtorno de ansiedade;
• Transtorno da conduta.

Então, os medicamentos podem entrar como forma de cuidado aos sinais de outros aspectos da saúde da criança. Um exemplo prático, e bastante frequente, é o diagnóstico de TDAH em autistas. Depois de detectar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é comum que seja receitada Ritalina. Como este remédio ajuda os pequenos a se concentrarem, o aumento de atenção nas terapias melhora os resultados das mesmas.

Além do uso para minimizar outros transtornos, as medicações também podem ser usadas para reduzir alguns prejuízos da rotina, como falta de sono ou distúrbios alimentares.

O mais importante é entender que cada caso tem necessidades específicas, e os remédios agem como potencializadores das demais terapias. A medicação é mais uma forma de garantir qualidade de vida ao pequeno.

Quais casos precisam de remédio?

Não há resposta certa para essa pergunta! Cada caso é único e tem suas particularidades, então não existe fórmula ou um único caminho. O uso de remédio é recomendado de acordo com os sintomas ou outros transtornos da criança.

Além de encontrar a composição certa que se adapte às necessidades do pequeno, é preciso também atingir a dosagem compatível do medicamento. Você pode ouvir casos de crianças que tomam o mesmo remédio na mesma dosagem há anos, enquanto outros casos que mudaram de substância até encontrar o certo. Alguns até acabaram aumentando a dose periodicamente, por exemplo. As possibilidades são inúmeras e apenas um profissional especializado saberá prescrever a melhor intervenção medicamentosa.

Será que apenas os casos graves precisam de medicação? Não! Mesmo os pequenos com autismo nível 1 de suporte podem ser muito beneficiados! Esses casos já tem menos atrasos, então seu desenvolvimento pode ser bastante potencializado com a dosagem e composição certa de fármacos.

Outra dúvida que surge é: O uso de medicamento será temporário ou permanente? Alguns autistas podem se libertar do uso de remédios ao longo da vida sim, mas isso não é uma regra! E também não significa que o autismo está curado, ou que todas as crianças um dia não vão mais precisar da medicação.

Lembre-se: não existem soluções infalíveis quando falamos sobre autismo! O único cuidado garantido para todos os casos é a terapia multidisciplinar, que também está sempre se adaptando conforme as necessidades de cada um.

Como saber se a criança precisa de medicação?

Apenas as crianças que tem comportamento heteroviolentos ou autoflagelação precisam de medicamento? Não! Cada intervenção e remédio tem um objetivo específico e não existe uma ‘receita de bolo’ para seguir. O uso vai depender de vários fatores e como eles impactam a rotina e o desenvolvimento da criança.

É interessante iniciar as terapias com medicação quando as demais estão sendo afetadas de forma negativa por comportamentos inadequados da criança. Se a terapeuta já tentou diferentes abordagens e maneiras de conseguir a atenção do paciente mas nada funcionou, esse pode ser um forte indicativo da necessidade de introduzir o remédio.

O próximo passo é encontrar um médico neurologista que seja especialista no assunto. Conforme já comentamos, crianças que estão no espectro podem ter outros transtornos, e o profissional que irá definir a intervenção medicamentosa deve ter muito conhecimento para diferenciar as características.

Isso impacta significativamente na escolha da medicação. Se o pequeno não possui TDAH, por exemplo, receitar Ritalina não irá trazer benefícios para o desenvolvimento e pode até piorar o comportamento da criança.

Os remédios entram quando as potenciais melhorias são mais benéficas do que os possíveis efeitos colaterais. Por isso é tão importante que a indicação seja definida por um profissional responsável. Caso o contrário, a medicação pode ser prejudicial à saúde.

Também é muito importante que você, como mãe, pai ou cuidador responsável, não hesite em procurar uma segunda opinião caso não sinta segurança nas sugestões do médico. São minúcias que diferenciam sintomas do autismo de outros transtornos, não se preocupe em precisar de outras consultas ou de mais de um profissional.

Você já sabe, mas não custa reforçar: jamais inicie o uso de remédios com base em pesquisas na internet ou opiniões que não sejam médicas.

Como sei que os remédios estão funcionando?

O segredo para entender se o remédio está funcionando é um pouco de paciência, muita observação do comportamento da criança e um acompanhamento médico com seriedade.

Infelizmente, nem sempre a primeira tentativa terá sucesso. Mas, com o apoio de bons profissionais, tanto neurologistas que receitaram a medicação quanto psicólogos atentos ao desenvolvimento do pequeno, será possível encontrar o melhor caminho. Estes profissionais precisam estar bem alinhados e trabalhar em conjunto.

Não tenha vergonha de fazer perguntas para o médico do seu filho, mesmo que suas questões pareçam simples ou bobas. Também não hesite em pedir para ele repetir informações quando achar necessário.

É de extrema importância que a família entenda de que forma a medicação vai agir para conseguir acompanhar as possíveis melhorias ou desregulações. Os responsáveis que fazem parte da rotina da criança devem estar seguros, com todas as suas dúvidas bem esclarecidas, para seguir as indicações de maneira correta.

Mesmo com o uso de fármacos, o que sustenta o desenvolvimento de crianças neuroatípicas é consistência e repetição. Manter as horas de terapia, a assistência na escola e disciplina nas atividades diárias, tudo isso deve estar alinhado para proporcionar as melhores oportunidades de crescimento.

Quer saber mais sobre medicação e autismo?

Esse assunto ainda rende muita conversa! Em qualquer intervenção com cuidados medicamentosos, seja para pessoas típicas ou atípicas, existem prós e contras. Todas as informações que juntamos aqui são extraídas de vídeos do nosso canal, especialmente do bate-papo com o médico neurologista Dr. Paulo Liberalesso.

Deixamos aqui a primeira parte do nosso bate papo com o Dr. Paulo para você continuar aprendendo sobre os benefícios e pontos de atenção que se relacionam com o uso de medicação em crianças autistas.

Quer aprender mais? Assista o vídeo abaixo e muitos outros disponíveis no canal de YouTube da Mayra Gaiato:

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