Black Singular: até 84% OFF

Eficácia da música como recurso terapêutico para pessoas com TEA

Você já ouviu dizer que certas músicas são capazes de acalmar a mente? Saiba que é verdade!

A musicoterapia  tem  sido uma  das  modalidades  terapêuticas  mais  utilizadas  no processo de intervenção e  tratamento de pessoas com TEA

As intervenções destinadas à melhoria de determinados padrões de comportamentos de pessoas diagnosticadas com TEA contemplam uma vasta dimensão. A intervenção ABA  aplicada ao autismo é amplamente estudada, discutida e aplicada por seu alto registro de resultados satisfatórios quanto a modificação de comportamentos disfuncionais. Todavia, há outras modalidades, que são complementares a atuação de psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, entre outros profissionais que integram a equipe multidisciplinar, como por exemplo a musicoterapia (Geretsegger et al., 2022). 

A musicoterapia  tem  sido uma  das  modalidades  terapêuticas  mais  utilizadas  no processo de intervenção e  tratamento de pessoas com TEA,    visando    o    estímulo    e    a    melhora    em    várias    áreas    de desenvolvimento (Brandalise, 2013; LaGasse, 2017). De acordo com Moreira, Alcântara-Silva e Moreira (2012) estudos baseados na reabilitação neurológica indicam que componentes da música como ritmo, melodia, harmonia, timbre, forma e dinâmica podem estimular processos cognitivos, sensório motores e afetivos complexos  no  cérebro,  modulando  alterações comportamentais.  

A musicoterapia usa as experiências musicais e as relações que se desenvolvem através delas para permitir a comunicação e a expressão, buscando dessa forma alcançar alguns dos problemas centrais e comummente apresentados nas pessoas autistas a fim de sequencialmente trazer a regulação emocional e comportamental através da música  (Geretsegger et al., 2022; Wagener, 2021; LaGasse, 2017). Benefícios comprovados da música como recurso terapêutico para pessoas no espectro atingem também melhorias nas capacidades física, emocional e escolar (Araújo, Soludade, Leite, 2018).

A pesquisa de Freire (2014) indicou, a partir de um estudo quantitativo, que  a musicoterapia pode trazer efeitos positivos para crianças com TEA, além de promover o desenvolvimento de comunicação e socialização. O estudo ainda apontou como hipótese que tal modalidade ainda contribui para melhorias nos quadros de estresse e depressão dos pais.

Ressalte-se, todavia, que a aplicação da musicoterapia requer formação académica e clínica especializada que permita aos terapeutas adequar a intervenção às necessidades específicas do indivíduo (Geretsegger et al., 2022; LaGasse, 2017).

Referências

Araújo, N. A.; Solidade, D.S.; Leite, T.S.A. A musicoterapia no tratamento de crianças com autismo: revisão integrativa. ReonFacema.  Abr-Jun; 4(2):1102-1106. 2018

Brandalise, A. (2013). MUSICOTERAPIA APLICADA À PESSOA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Brazilian Journal of Music Therapy, (15). 

Freire, M. Efeitos da Musicoterapia Improvisacional no tratamento de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Neurociências da Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte, 2014.

Geretsegger, M., Fusar-Poli, L., Elefant, C., Mössler, K. A., Vitale, G., & Gold, C. (2022). Music therapy for autistic people. The Cochrane database of systematic reviews, 5(5), CD004381. https://doi.org/10.1002/14651858.CD004381.pub4

LaGasse A. B. (2017). Social outcomes in children with autism spectrum disorder: a review of music therapy outcomes. Patient related outcome measures, 8, 23–32. https://doi.org/10.2147/PROM.S106267

Moreira S, Alcântara-Silva T, Silva D, Moreira M. Neuromusicoterapia no Brasil: Aspectos Terapêuticos na Reabilitação Neurológica. Rev. Bras. Musicoterapia, n. 12 pág. 18-26, 2012.

Wagener, G. L., Berning, M., Costa, A. P., Steffgen, G., & Melzer, A. (2021). Effects of Emotional Music on Facial Emotion Recognition in Children with Autism Spectrum Disorder (ASD). Journal of autism and developmental disorders, 51(9), 3256–3265. https://doi.org/10.1007/s10803-020-04781-0

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email