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Crises em autistas: o que são e como ajudar?

Índice

As crises no autismo são, infelizmente, mais comuns do que muitas pessoas pensam, mas atenção: isso não significa que são “normais” ou que representam um comportamento esperado de pessoas no espectro.

Geralmente, essa confusão acontece devido ao fato de muitos não conhecerem as reais características do autista e com quais desafios ele lida. Então, afinal, as crises em autistas: o que são e como ajudar?

Crises em autistas: o que são?

As crises nada mais são do que momentos de desregulação interna que podem acontecer em qualquer ocasião e por diversos motivos. Novamente, diferente do que muitos pensam, elas não podem ser descritas como birras e, além disso, não são propositais.

Dividimos esses momentos de desregulação em dois grandes grupos:

  • Meltdown: “colapso”, em português, o meltdown é a crise externa e explosiva. Quando ela acontece, comportamentos como choro, gritos, tremores e agressividade podem ocorrer de forma descontrolada.
  • Shutdown: o “desligamento”, por sua vez, pode ser descrito como uma crise interna. Aqui, a pessoa busca responder à sobrecarga que sentiu se desligando do mundo ao seu redor. Os comportamentos esperados são: o “olhar vazio”, o deitar-se no chão, a ausência de resposta e congelamento.

Por que acontecem?

O que podem causar momentos de crise são, basicamente, alterações sensoriais, dificuldades de comunicação ou questões comportamentais.

Quando a desregulação é desencadeada por alterações sensoriais, podemos concluir que o indivíduo não capta os estímulos do ambiente da mesma forma que uma pessoa neuroatípica. Ou seja, os sons ou luzes ao seu redor podem ser percebidos com mais ou menos intensidade, causando irritabilidade. Essas alterações podem estar ligadas aos receptores sensoriais em si ou aos processamentos feitos pelo cérebro.

Por outro lado, quando o pequeno ou jovem tem dificuldade de comunicação, que é uma importante característica do TEA, pode ser desafiador para ele expressar dores, descontentamentos ou necessidades. Essa incapacidade de se expressar pode gerar estresse e, somado ao que já estava incomodando inicialmente, criar uma bola de neve de sentimentos e gerar crises.

E, por último, questões comportamentais também podem ser o ponto inicial de uma desregulação. Quando o autista tem muita necessidade de controle e falta de flexibilidade mental, por exemplo, é comum que mudanças de rotina ou de planejamento sejam gatilhos. Até mesmo uma simples mudança de caminho na rota para a escola pode ser um.

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Outro ponto importante que precisa ser citado aqui é: quando a crise for causada por um “não” dito para a criança, seja porque ela queria brincar com algo perigoso ou porque estava mexendo onde não devia, não ceder é fundamental! Quando nós cedemos e realizamos o desejo inicial dela, o cérebro automaticamente coloca o comportamento de crise como útil, porque com ele foi possível conquistar algo.

Isso é perigoso porque, na próxima vez que ela tiver uma vontade e for impedida, terá a tendência de iniciar o comportamento disruptivo já do ponto de desregulação máxima, e ninguém quer isso. As crises são descargas emocionais muito grandes, representam sofrimento para os pais e, principalmente, para as crianças.

Como ajudar?

Ok, agora você já sabe o que são as crises e por que elas acontecem, mas como podemos ajudar quando elas já estão ocorrendo?

Acolher é o primeiro passo. Nunca, em momentos de crise, devemos ignorar ou brigar com a criança. Seja pelo motivo que for, nessas horas ela precisa entender que você está ali por ela e que será um ponto de confiança.

Se o ambiente estiver agitado, leve-a para um lugar calmo. Se a crise for do tipo agressiva, a contenha firmemente para que ela não se machuque e nem machuque as pessoas ao redor. Depois de um momento inicial de acolhimento, converse e explique que você entende como ela se sente, que você entende a frustração e que você ficará ali até ela se regular e vocês poderem continuar as atividades que estavam fazendo.

E é possível prevenir?

Em um mundo ideal, as crises não existiriam e nós pouparíamos os pequenos e jovens autistas desses sofrimentos, não é mesmo?

Sobre isso, temos uma notícia boa: é possível prevenir as crises e desregulações com um pouco de atenção e organização.

Em vídeo para o seu canal do YouTube, nossa fundadora, Mayra Gaiato, dá dicas de como fazer isso e como conhecer melhor a criança que convive com você. Confira abaixo na íntegra e fique à vontade para deixar seu comentário.

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